Enumera ainda o que seriam 14 princípios básicos, a serem usados como fio condutor
da Neuroeducação, em torno dos quais se articulariam premissas das três áreas estruturadoras
(neurociências, psicologia e educação, segundo a autora), não necessariamente em ordem
hierárquica de relevância:
“a) estudantes aprendem melhor quando são altamente motivados do que quando não
têm motivação;
b) stress impacta aprendizado;
c) ansiedade bloqueia oportunidades de aprendizado;
d) estados depressivos podem impedir aprendizado;
e) o tom de voz de outras pessoas é rapidamente julgado no cérebro como ameaçador ou
não-ameaçador;
f) as faces das pessoas são julgadas quase que instantaneamente (i.e., intenções boas ou
más);
g) feedback é importante para o aprendizado;
h) emoções têm papel-chave no aprendizado;
i) movimento pode potencializar o aprendizado;
j) humor pode potencializar as oportunidades de aprendizado;
k) nutrição impacta o aprendizado;
l) sono impacta consolidação de memória;
m) estilos de aprendizado (preferências cognitivas) são devidas à estrutura única do
cérebro de cada indivíduo;
n) diferenciação nas práticas de sala de aula são justificadas pelas diferentes
inteligências dos alunos.” (Tokuhama-Espinosa, 2008: 78).
Supervisão Escolar
Auxiliar professores na gestão de sua prática em sala de aula.
sábado, 4 de maio de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
MEU BAIRRO, MEU LUGAR
Os professores da Escola Municipal Maria Borges Frota, em Bento Gonçalves, RS, juntamente com a supervisora Adriane e vice-diretora Elaine, realizaram no ano de 2012, um projeto de estudos com base no levantamento de situações problemas encontradas no bairro. Os alunos da modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), levantaram alguns dos problemas encontrados no bairro. Por meio de pesquisa, selecionou-se os problemas mais recorrentes e desenvolveu-se um projeto. Os professores procuraram trabalhar de forma interdisciplinar, dando continuidade e sentido ao trabalho desenvolvido.
Segue abaixo os problemas levantados pelos alunos do EJA:
Segue abaixo os problemas levantados pelos alunos do EJA:
- violência doméstica (pai, mãe, filhos);
-falta de educação das pessoas em geral;
- migraçã;
-diferenças culturais;
-maus exemplos de políticos em meios de comunicação;
-influências negativas dos
amigos e grupos sociais;
-preconceito (religioso, raça, financeiro, comportamento, etc);
- falta de respeito no trânsito;
- correria do dia-a-dia;
-drogas (desrespeito, fuga de problemas, problemas familiares);
- alcoolismo;
-abuso sexual;
- pedofilia;
-maioridade com 16 anos (voto e carteira de motorista);
- imaturidade para resolver problemas;
- preconceito com mulher no trabalho;
-preconceito nas empresas (idade, sexo, raça, cultura);
- falta de respeito com idosos e professores;
-segurança na escola e no bairro;
- mais policiais no bairro; (outros acham que não precisa)
- abuso de autoridade por parte dos policiais;
- falta de iluminação no bairro;
- policiais que não cumprem o seu papel;
-impostos altos de produtos no Brasil;
- salário mínimo muito baixo (será que os políticos viveriam com o
salário mínimo?)
Sugestões de soluções
- criar espaço para resgatar e qualificar para o trabalho (drogas);
-grupos de apoio e orientações (drogas);
- parar com a corrupção para diminuir impostos sobre os produtos;
- valorizar o que temos (escola, família, professores, trabalho);
- valorizar o EJA;
Apresentação da Proposta de trabalho, desenvolvida pelos professores,com base nas sugestões dos alunos
O SUPERVISOR E OS DESAFIOS DIANTE DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
Autora: Adriane Masiero
adri_masiero@hotmail.com
A
gestão escolar é parte do processo educativo, influencia na forma de aprender,
nos objetivos propostos e nos resultados obtidos. É responsável pela formação
de uma sociedade melhor. A equipe de gestores de uma instituição de ensino tem
o poder de transformar a escola, a comunidade onde está inserida e ainda
motivar mudanças positivas na sociedade. O Supervisor como parte integrante da
equipe gestora deve ter um olhar nobre sobre o que ensinar, por que ensinar e
para que ensinar.
Com base nas entrevistas
realizadas com Supervisores escolares observa-se que ainda existe uma grande
distância entre o real, e o que é considerado na atual situação histórica da educação,
o ideal. A função do Supervisor apresenta características históricas de um
período antidemocrático, tecnicista e burocrático da educação brasileira, como
encontramos a seguir:
Buscando a
semelhança do sistema educacional com o empresarial no sentido de sua
eficiência produtiva, cria-se um currículo voltado para as questões técnicas do
ensino. Essas evidenciam o que e
o como ensinar, derivando daí o
surgimento de materiais didáticos, métodos e equipamentos voltados para o
aperfeiçoamento do trabalho docente. (Henning,
2010).
Neste sentido, o Supervisor repousava
a sua prática pedagógica, buscando cumprir seu papel de acordo com o momento
histórico social.
A supervisão
escolar pouco tem ampliado seu olhar
sobre o verdadeiro sentindo da sua existência. Ao longo dos anos, as funções e
o trabalho do Supervisor têm apresentado pequenas alterações, sempre ligadas ao
período histórico. O Supervisor ainda carrega implícito na função, o passado
marcado por uma visão negativa, atrelada a conceitos de punição, correção,
fiscalização.
O
desempenho de Supervisor, em muitas escolas, ainda é o trabalho burocrático e
de fiscalização. E como se pode observar
nas entrevistas, a função de acompanhar a proposta de aprendizagem dos alunos,
aliada ao trabalho do professor, não tem grande importância. O preenchimento de
papéis, a fiscalização e controle de frequência, planos de trabalho e outros
documentos, são mais importantes, pois exigem prazos e não podem deixar de ser
entregues. Sobra pouco tempo, ou em alguns casos, nenhum tempo para acompanhar
o trabalho dos professores. Acompanhar, neste caso, entende-se como auxiliá-los
na elaboração de propostas que tragam sentido aos alunos e ao grupo escolar, como
encontramos a seguir:
Desvela-se,
assim, a função do Supervisor como referência frente ao grupo, frente ao todo
da escola. Este profissional enquanto responsável pela ‘coordenação’ do
trabalho pedagógico assume uma liderança, um papel de responsável pela
articulação dos saberes dos professores e sua relação com a proposta de
trabalho da escola. (Rolla, 2006).
Esse
importante papel do Supervisor, em muitas vezes não é realizado, pois a estigma
do trabalho burocrático e de fiscalização, continua ameando a nova função.
Posicionando
hierarquicamente, o Supervisor também tem um trabalho a cumprir, o qual deve
prestar contas. Em muitas vezes, submetido a cumprir tarefas que nem sempre
estão de acordo com sua visão de educação. Podemos observar esses fatos na
realidade expressa nas entrevistas, onde o Supervisor é obrigado a aplicar
sanções sem concordar com a falta cometida pelos Professores.
A
relação Professor e Supervisor deveria ser um encontro de soma de aprendizagens
e de sustentação para que ocorra a aplicabilidade, esperando-se resultados
positivos. Encontramos algumas respostas para como deve ser a relação entre
Professor e Supervisor: “Esta mudança de paradigma demanda
outras atribuições, fazendo com que professores passem a buscar no Supervisor
uma ação renovada, apoio, formação, orientação, a fim de qualificar sua prática
pedagógica.” (Rolla, 2006).
Buscar culpados
para falhas na forma de educar, a fim de aplicar punições como medidas de
correção e melhora, não deve ser a melhor escolha para quem pretende educar
pelo exemplo. A sugestão mais adequada à problemática está no entrosamento e no
propósito comum do grupo escolar. Neste caso, o Supervisor com sua visão
global, deve ser o incentivador e articulador de meios que promovam o
conhecimento para seu grupo de trabalho, bem como, buscar auxiliar a prática
pedagógica como facilitador para que se alcance as metas estabelecidas.
Essas mudanças
propõem que o papel da supervisão tenha uma visão crítica e não neutra da
realidade escolar e social, de responsabilidade de colaboração de
ressignificação da profissão. Não são tarefas utópicas, como podemos observar em
uma das entrevistas, onde se percebe otimismo com relação à profissão e clareza
na definição e na execução das tarefas do Supervisor.
Diante das
perspectivas de inovação o supervisor escolar representa uma figura de
inovação. Aquele profissional que assume o papel fundamental de decodificar as
necessidades, tanto da administração escolar, a fim de fazer com que sejam
cumpridas as normas e como facilitador da atividade docente, garantindo o
sucesso do aprendizado. Contudo, a ação supervisora tornar-se-á sem efeito se
não for integrada com os demais especialistas em educação, (Orientador Escolar,
Secretário Escolar e Administrador Escolar) respectivamente. (Giancaterino)
Dessa forma, o Supervisor na sua
prática, deve estimular a concretização de projetos que transformem a realidade
da comunidade escolar, apoiado em esforços coletivos para obtenção de
resultados positivos. O Supervisor que tem como objeto do seu trabalho a
produção do professor afasta a hierarquização e contribui para o desempenho
docente mais qualificado. (Giancaterino)
Finalizando as reflexões sobre a história da
função do Supervisor na escola, é necessário compreender as grandes
transformações sociais e culturais que estiveram presentes na trajetória da
educação, para assim, perceber as significações que estão atreladas a
profissão. Percebendo a origem destas significações é possível ressignificar e
reestruturar o papel do Supervisor escolar.
Levando em consideração as entrevistas
realizadas com profissionais que trabalharam com a supervisão, percebe-se que a
função junto aos professores é o ponto mais significativo do trabalho, o mais
importante para o sucesso de boas práticas em sala de aula. Entretanto, em algumas vezes, destina-se
pouco tempo para o desenvolvimento desta tarefa primordial, em função de
atividades burocráticas, não desnecessárias, nem menos importantes, mas que não
contribuem para a prática educativa em sala de aula, como resultado da
aprendizagem.
Também se observa que o Supervisor é o motivador
do professor, um líder positivo, não deve permitir que o pessimismo destrua a
crença na solução dos problemas encontrados na educação.
Bibliografia
GIANCATERINO, Roberto. A supervisão escolar educacional: mudanças sob olhar de uma educação
libertadora.
LEAL,
Adriana Bergold. HENNING, Paula Corrêa. História,
regulação e poder disciplinar no campo da supervisão escolar in Educação em Revista, v.26, n.02,
p.359-382. Belo Horizonte, 2010.
ROLLA, Luiza Coelho de Souza. Liderança educacional: Um desafio para o
supervisor escolar. Porto Alegre, 2006
sábado, 20 de abril de 2013
AS NOVAS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS NA EDUCAÇÃO
A supervisão Escolar, ao longo dos anos, tem apresentado grandes mudanças paradigmáticas, sociais, políticos, e tecnológicas.
Falando-se de tecnologia, é pertinente observar que o mundo está cada vez mais informatizado, portanto a escola deve acompanhar essas mudanças.
As novas tendências tecnológicas na educação, trazem grande proximidade entre a escola e vida. Derrubam muros que dividem e alienam a escola do mundo. Aprender através das Tecnologias da Informação, como meios de transmitir e captar informações, além de prazeroso, traz o mundo para dentro da sala de aula e torna o aprendizado mais significativo.
O uso de ferramentas como chats, mapas, jogos, blogs e outros, são formas de ensinar e aprender que devem fazer parte dos planjementos dos professores para tornar o ensino verdadeiro e significativo.
Para esclarecer melhor o uso dessas novas ferramentas tecnológicas, sugiro a leitura abaixo: http://educacaoeinformatica.wordpress.com/
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