sábado, 4 de maio de 2013

Neurociência aplicada a educação

 Enumera ainda o que seriam 14 princípios básicos, a serem usados como fio condutor
da Neuroeducação, em torno dos quais se articulariam premissas das três áreas estruturadoras
(neurociências, psicologia e educação, segundo a autora), não necessariamente em ordem
hierárquica de relevância:
“a) estudantes aprendem melhor quando são altamente motivados do que quando não
têm motivação;
b) stress impacta aprendizado;
c) ansiedade bloqueia oportunidades de aprendizado;
d) estados depressivos podem impedir aprendizado;
e) o tom de voz de outras pessoas é rapidamente julgado no cérebro como ameaçador ou
não-ameaçador;
f) as faces das pessoas são julgadas quase que instantaneamente (i.e., intenções boas ou
más);
g) feedback é importante para o aprendizado;
h) emoções têm papel-chave no aprendizado;
i) movimento pode potencializar o aprendizado;
j) humor pode potencializar as oportunidades de aprendizado;
k) nutrição impacta o aprendizado;
l) sono impacta consolidação de memória;
m) estilos de aprendizado (preferências cognitivas) são devidas à estrutura única do
cérebro de cada indivíduo;
n) diferenciação nas práticas de sala de aula são justificadas pelas diferentes
inteligências dos alunos.” (Tokuhama-Espinosa, 2008: 78).

METAMORFOSE DA BORBOLETA


terça-feira, 23 de abril de 2013

MEU BAIRRO, MEU LUGAR

 Os professores da Escola Municipal Maria Borges Frota, em Bento Gonçalves, RS, juntamente com a supervisora Adriane e vice-diretora Elaine, realizaram no ano de 2012, um projeto de estudos com base no levantamento de situações problemas encontradas no bairro. Os alunos da modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), levantaram alguns dos problemas encontrados no bairro. Por meio de pesquisa, selecionou-se os problemas mais recorrentes e desenvolveu-se um projeto. Os professores procuraram trabalhar de forma interdisciplinar, dando continuidade e sentido ao trabalho desenvolvido.

Segue abaixo os problemas levantados pelos alunos do EJA:


- violência doméstica (pai, mãe, filhos);

-falta de educação das pessoas em geral;

- migraçã;

-diferenças culturais;

-maus exemplos de políticos em meios de comunicação;

 -influências negativas dos amigos e grupos sociais;

-preconceito (religioso, raça, financeiro, comportamento, etc);

- falta de respeito no trânsito;

- correria do dia-a-dia;

-drogas (desrespeito, fuga de problemas, problemas familiares);

- alcoolismo;

-abuso sexual;

- pedofilia;

-maioridade com 16 anos (voto e carteira de motorista);

- imaturidade para resolver problemas;

- preconceito com mulher no trabalho;

-preconceito nas empresas (idade, sexo, raça, cultura);

- falta de respeito com idosos e professores;

-segurança na escola e no bairro;

- mais policiais no bairro; (outros acham que não precisa)

- abuso de autoridade por parte dos policiais;

- falta de iluminação no bairro;

- policiais que não cumprem o seu papel;

-impostos altos de produtos no Brasil;

- salário mínimo muito baixo (será que os políticos viveriam com o salário mínimo?)


Sugestões de soluções

- criar espaço para resgatar e qualificar para o trabalho (drogas);

-grupos de apoio e orientações (drogas);

- parar com a corrupção para diminuir impostos sobre os produtos;

- valorizar o que temos (escola, família, professores, trabalho);

- valorizar o EJA;

Apresentação da Proposta de trabalho, desenvolvida pelos professores,com base nas sugestões dos alunos




O SUPERVISOR E OS DESAFIOS DIANTE DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE


Autora: Adriane Masiero
adri_masiero@hotmail.com

   A gestão escolar é parte do processo educativo, influencia na forma de aprender, nos objetivos propostos e nos resultados obtidos. É responsável pela formação de uma sociedade melhor. A equipe de gestores de uma instituição de ensino tem o poder de transformar a escola, a comunidade onde está inserida e ainda motivar mudanças positivas na sociedade. O Supervisor como parte integrante da equipe gestora deve ter um olhar nobre sobre o que ensinar, por que ensinar e para que ensinar.
Com base nas entrevistas realizadas com Supervisores escolares observa-se que ainda existe uma grande distância entre o real, e o que é considerado na atual situação histórica da educação, o ideal. A função do Supervisor apresenta características históricas de um período antidemocrático, tecnicista e burocrático da educação brasileira, como encontramos a seguir:

Buscando a semelhança do sistema educacional com o empresarial no sentido de sua eficiência produtiva, cria-se um currículo voltado para as questões técnicas do ensino. Essas evidenciam o que e o como ensinar, derivando daí o surgimento de materiais didáticos, métodos e equipamentos voltados para o aperfeiçoamento do trabalho docente. (Henning, 2010).

Neste sentido, o Supervisor repousava a sua prática pedagógica, buscando cumprir seu papel de acordo com o momento histórico social.                                                        
A supervisão escolar pouco tem ampliado seu olhar sobre o verdadeiro sentindo da sua existência. Ao longo dos anos, as funções e o trabalho do Supervisor têm apresentado pequenas alterações, sempre ligadas ao período histórico. O Supervisor ainda carrega implícito na função, o passado marcado por uma visão negativa, atrelada a conceitos de punição, correção, fiscalização.
O desempenho de Supervisor, em muitas escolas, ainda é o trabalho burocrático e de fiscalização.  E como se pode observar nas entrevistas, a função de acompanhar a proposta de aprendizagem dos alunos, aliada ao trabalho do professor, não tem grande importância. O preenchimento de papéis, a fiscalização e controle de frequência, planos de trabalho e outros documentos, são mais importantes, pois exigem prazos e não podem deixar de ser entregues. Sobra pouco tempo, ou em alguns casos, nenhum tempo para acompanhar o trabalho dos professores. Acompanhar, neste caso, entende-se como auxiliá-los na elaboração de propostas que tragam sentido aos alunos e ao grupo escolar, como encontramos a seguir:

Desvela-se, assim, a função do Supervisor como referência frente ao grupo, frente ao todo da escola. Este profissional enquanto responsável pela ‘coordenação’ do trabalho pedagógico assume uma liderança, um papel de responsável pela articulação dos saberes dos professores e sua relação com a proposta de trabalho da escola. (Rolla, 2006).

Esse importante papel do Supervisor, em muitas vezes não é realizado, pois a estigma do trabalho burocrático e de fiscalização, continua ameando a nova função.
Posicionando hierarquicamente, o Supervisor também tem um trabalho a cumprir, o qual deve prestar contas. Em muitas vezes, submetido a cumprir tarefas que nem sempre estão de acordo com sua visão de educação. Podemos observar esses fatos na realidade expressa nas entrevistas, onde o Supervisor é obrigado a aplicar sanções sem concordar com a falta cometida pelos Professores.
A relação Professor e Supervisor deveria ser um encontro de soma de aprendizagens e de sustentação para que ocorra a aplicabilidade, esperando-se resultados positivos. Encontramos algumas respostas para como deve ser a relação entre Professor e Supervisor: “Esta mudança de paradigma demanda outras atribuições, fazendo com que professores passem a buscar no Supervisor uma ação renovada, apoio, formação, orientação, a fim de qualificar sua prática pedagógica.” (Rolla, 2006).
Buscar culpados para falhas na forma de educar, a fim de aplicar punições como medidas de correção e melhora, não deve ser a melhor escolha para quem pretende educar pelo exemplo. A sugestão mais adequada à problemática está no entrosamento e no propósito comum do grupo escolar. Neste caso, o Supervisor com sua visão global, deve ser o incentivador e articulador de meios que promovam o conhecimento para seu grupo de trabalho, bem como, buscar auxiliar a prática pedagógica como facilitador para que se alcance as metas estabelecidas.
Essas mudanças propõem que o papel da supervisão tenha uma visão crítica e não neutra da realidade escolar e social, de responsabilidade de colaboração de ressignificação da profissão. Não são tarefas utópicas, como podemos observar em uma das entrevistas, onde se percebe otimismo com relação à profissão e clareza na definição e na execução das tarefas do Supervisor.

Diante das perspectivas de inovação o supervisor escolar representa uma figura de inovação. Aquele profissional que assume o papel fundamental de decodificar as necessidades, tanto da administração escolar, a fim de fazer com que sejam cumpridas as normas e como facilitador da atividade docente, garantindo o sucesso do aprendizado. Contudo, a ação supervisora tornar-se-á sem efeito se não for integrada com os demais especialistas em educação, (Orientador Escolar, Secretário Escolar e Administrador Escolar) respectivamente. (Giancaterino)

            Dessa forma, o Supervisor na sua prática, deve estimular a concretização de projetos que transformem a realidade da comunidade escolar, apoiado em esforços coletivos para obtenção de resultados positivos. O Supervisor que tem como objeto do seu trabalho a produção do professor afasta a hierarquização e contribui para o desempenho docente mais qualificado. (Giancaterino)

Finalizando as reflexões sobre a história da função do Supervisor na escola, é necessário compreender as grandes transformações sociais e culturais que estiveram presentes na trajetória da educação, para assim, perceber as significações que estão atreladas a profissão. Percebendo a origem destas significações é possível ressignificar e reestruturar o papel do Supervisor escolar.
Levando em consideração as entrevistas realizadas com profissionais que trabalharam com a supervisão, percebe-se que a função junto aos professores é o ponto mais significativo do trabalho, o mais importante para o sucesso de boas práticas em sala de aula.  Entretanto, em algumas vezes, destina-se pouco tempo para o desenvolvimento desta tarefa primordial, em função de atividades burocráticas, não desnecessárias, nem menos importantes, mas que não contribuem para a prática educativa em sala de aula, como resultado da aprendizagem.
Também se observa que o Supervisor é o motivador do professor, um líder positivo, não deve permitir que o pessimismo destrua a crença na solução dos problemas encontrados na educação.

Bibliografia

 GIANCATERINO, Roberto. A supervisão escolar educacional: mudanças sob olhar de uma educação libertadora.

LEAL, Adriana Bergold. HENNING, Paula Corrêa. História, regulação e poder disciplinar no campo da supervisão escolar in Educação em Revista, v.26, n.02, p.359-382. Belo Horizonte, 2010.

ROLLA, Luiza Coelho de Souza. Liderança educacional: Um desafio para o supervisor escolar. Porto Alegre, 2006

sábado, 20 de abril de 2013

AS NOVAS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS NA EDUCAÇÃO



A supervisão Escolar, ao longo dos anos, tem apresentado grandes mudanças paradigmáticas, sociais, políticos, e tecnológicas.
Falando-se de tecnologia, é pertinente observar que o mundo está cada vez mais informatizado, portanto a escola deve acompanhar essas mudanças.
As novas tendências  tecnológicas  na educação, trazem grande proximidade entre a escola e vida. Derrubam muros que dividem e alienam a escola do mundo. Aprender através das Tecnologias da Informação, como meios de transmitir e captar informações, além de prazeroso, traz o mundo para dentro da sala de aula e torna o aprendizado mais significativo.
O uso de ferramentas  como chats, mapas, jogos, blogs e outros, são formas de ensinar e aprender  que devem fazer parte dos planjementos dos professores para tornar o ensino verdadeiro e significativo.
Para esclarecer melhor o uso dessas novas ferramentas tecnológicas, sugiro a leitura abaixo: http://educacaoeinformatica.wordpress.com/